Eu sim e acho que essa nostalgia é o próprio combustível do meu ser inteiro. Eu vivo para lembrar, sorrir e sofrer. Todo tipo de porcaria recheada de solidão. Quer uma porção dupla de todas essas coisas que me fazem olhar para o vazio e pensar em milhares de cenários que foram e que poderiam ter sido.
Afinal, a teoria quântica está certíssima, consigo reproduzir todos os infinitos alternativos dentro da minha cabeça.
Mas hoje estou presa numa roda do tempo do passado. Lembro do meu pai dirigindo seu carro sedan, com o rádio ligado e toca Sail do Awolnation. Ele aumenta o volume. Ele nunca me disse que gostava dessa música. Mas sempre que toca ele aumenta o volume. Ele não canta, não batuca, não tamborila com os dedos. Contudo, algo dentro dele deve mudar, uma sensação boa deve vir à tona, talvez ele consiga sorrir para si mesmo, talvez se sinta motivado a seguir adiante, a não desistir. Nesse universo único em que cada um vive, com milhares de outros universos, eu sigo perseguindo mistérios.
Acho que minha nostalgia é um tipo de saudosismo diferente, porque eu queria estar lá e entender, mas eu nunca vou. Esse não é o meu paralelo.
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