quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Infarto, fome, amor, bolha no pé, tudo dói.

domingo, 27 de setembro de 2015

Diálogos de lobos 4


Cassu sabia que esse dia chegaria. Desde quando entrou para aquela matilha estranha de lobos vorazes, confusos e loucos. Desde quando se sentia um usurpador. Ele sabia que Bogus logo o enfrentaria num embate psicológico, porém violento, e logo, público.
- Vejam todos, esse lobo fraco! Observem detalhadamente para essas suas formas frágeis e fracas. Esse é o líder que vocês querem? Esse é o líder que vocês querem? - exclamou Bogus do alto de uma pedra que deixava tanto ele como Cassu em evidência ante à matilha.
Ninguém ousou responder. Nunca entendia-se os jogos de Bogus. Ele era tão enigmático.
Cressida, obviamente estava à espreita, cheia de opiniões, raiva, e pronta para engatilhar toda sorte de ofensas ao lobo alfa, arrogante, que ela desprezava. No entanto, ela ficou silente. E torceu em seu coração por três coisas:
1. Que Cassu não chorasse
2. Que Cassu não respondesse
3. Que Cassu não abaixasse a cabeça
E assim se deu. Depois de constrangedores milissegundos quase eternos, Bogus riu guturalmente, uivando até de tanto prazer sádico.
- Hoje teremos uma ceia especial! Aos ovídeos e carneiros mais suculentos! Música e dança!
Cassu desceu da pedra, se misturou aos lobos cinzentos e desapareceu. Ficar invisível era maravilhoso agora. Cassu sabia que esse dia chegaria e se preparou para ele. Quando Bogus jogar, Cassu jogará.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Como era só para escrever sobre memórias mesmo, não viu mal algum em ser aleatória:

GIRASSÓIS.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Poema da morte

O brilho dos faróis atravessava o corpo liquefeito
Pele, sangue, gás.
Estava feito.

Ciente desde que cruzara aquela porta
Toda a vida exaustiva
Em minutos, morta.

Floresta, galhos, para-brisas, vidro, medo.
Gritos, gemidos...
A dor a levara muito cedo.

Não se pode fazer um ode à depressão, ou à tristeza.
A dor sempre esteve ali.
E era dela mais essa proeza.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Sobre o fim do mundo e Anita

"Ainda não precisei de nada além dessa manta em dias frios e da comida enlatada na hora da fome." - Anita, falando sobre o fim do mundo.
E eu pensando: "Que autossuficiência! E eu precisando de um amigo..."
Fui embora encontrando meu caminho entre escombros e cinzas.