sexta-feira, 27 de abril de 2012

me

O tempo me influencia tanto que hoje só quero ouvir Coldplay :)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Nó de sol

Sendo o nó
Seguindo só
Por uma estrada
De sol em só
Onde a dor do nó
Um grito escapa
Seguindo só
Atrás do nó
De só em sol
Errada...

domingo, 22 de abril de 2012

Ego/eu

Eu prefiro uma canção à um adeus...
E prefiro o eu ao você.
Mas me iluda, me faça dormir e sonhar.

A questão é que eu sou egoísta demais
Se eu prefiro o eu, não vou deixar você ir
E o meu eu quer a ilusão que você traz...

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Com vontade de comer um chocolate ;D

sábado, 21 de abril de 2012

Se eu quero o muito
Se eu já tenho muito.
Se conseguir mais
do muito que tanto quero
E se o espaço é finito
Meu muito vai caber onde?

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Fragmento

Às vezes é preciso olhar a beleza do detalhe, ver a forma geométrica da minúscula parte para ver que o todo nem é tão ruim...

The first

O primeiro post from my mobile haha e isso é um teste xD

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A pequena boêmia

Eu não sei o nome dela, mas me lembro muito bem de como ela era.
Quando entrava no bar, pouco chamava a atenção para si. Aliás, muitas vezes ninguém a notava. Nem eu.
Mas era sempre a mesma. Baixa estatura. Talvez 1m 60cm, não sei ao certo. Sempre de camisa branca, gola exemplarmente engomada. Cabelo preso num rabo de cavalo. Dava pra perceber que tinha cabelos longos e bonitos. Franja e óculos. Para mim, não era o perfil das bêbadas que costumava encontrar. Mas ela tinha umas olheiras singulares. Talvez fosse a bebida.
Se eu ficasse sóbrio talvez pudesse penetrar anonimamente a mente da pequena boêmia.
Por que ela estava ali? Ah! Eu sabia o porquê eu estava. Eu era um fracasso. Todos sabiam. Emprego ruim, família desfeita, dívidas, falta de amor-próprio e qualquer outra desculpa que talvez eu encontrasse para estar ali bebendo ou melhor "chorando as mágoas". Mas e ela? Tão pequena e linda...
Ela não falava alto como as mulheres nas mesas ao lado. Ela simplesmente se sentava junto ao balcão perto da juke box, bem ali, onde tinha umas luzes azuis. Ali, ela ficava prateada. Parecia sobrenatural... Pedia sempre a mesma bebida, que eu não sei o que era. Demorava-se a dar o primeiro gole. E ficava ali a noite toda, aquela pequena boêmia...

Então formulei uma teoria para sua bebedeira. Ela deveria saber demais do mundo para ficar sóbria e enfrentar a realidade. Ser bonita e pequena não bastava a ela. Que injustiça o mundo reservara àquele ser infantil e belo?
Sabe o que ela não sabia? Que já sabia demais.

?

Eu sei de muitas coisas.
Mas será?
E essa dúvida?
Acho que sei...

Luta

Sim, estamos aqui para ficar.
Permanecer de pé
Perseverar.

Se cair, vou levantar.

Meu nome é luta.

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No mp3: King and Lionheart, by Of Monsters and Men

Sol de todas as cores

Aaaah que clima felizinho e colorido!
Quantas frutas de cheiro doce, quanta árvore verdinha...
Aaaah se esse sol fosse meu todos os dias para sempre e sempre...
Mas que ele apenas brilhasse, iluminasse...colorisse!
Sem queimar ou arder, sem cansar, sem nostalgiar...só brilhar!
Hoje eu sou de todas as cores! Meu sol de todas as cores...

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Águas de março

As águas de março fechando o verão
Levando embora minhas promessas de vida.
Fechando o verão e deixando em vida
Minhas promessas.
Viva às águas de março!
Que me deixam em promessas e vida!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Marilouca

- Vão tirá-la de mim! - Marilouca gritava em desespero pudente.
- Quem? Para! Acalme-se! Acalme-se, menina! Pareces louca. - repreendia o pai de alguém que fazia a barba sempre ali, na esquina, na barbearia do Seu Zé.
Ele sempre via essa menina que parecia, a seu ver um tanto perturbada, louca. Não era como as outras. Ela sempre se sentava no meio-fio, no chão seco mesmo e contava pedras, juntava insetos, falava com ela mesma e sempre tinha um livro numa das mãos, ou no chão ao seu lado. Um dia ele viu: Moby Dick. Mas nos outros todos era Dom Quixote.
- Que insana! Louca, lendo livros de loucos...
Voltando ao quadro inicial, a menina que sempre estava quieta ou falando sozinha, naquela ocasião esbravejava e se debatia como um cão raivoso embora envergonhado. Como se tivesse mordido o dono...acho que essa seria a descrição.
O cabelo dela já tinha se soltado do laço, o vestido pendia uma das alças sobre o braço. Ele notou que ninguém a segurava. Ela era um espetáculo, um show. Olhares de piedade, risos se formando, cada qual, cada um com sua reação diante da insana.
- Vão tirá-la de mim! Vão tirá-la e eu... (soluço) nem poderei fazer nada...só vê-la partir...
(rostos enrubescidos, salgadas águas)
- Tirar quem de você? Não tem ninguém aqui, mocinha...
- Vão tirar minha sanidade, vão levá-la. E o sentido de tudo, se perderá. Eu me perderei porque não sou nada sem ela...o que é uma louca sem sua sanidade? Daí serei apenas louca, sem a consciência disso. E de louca ainda me chamarão mas... e eu? Se eu não sei, se me levaram...de mim... Serei uma louca completa, motivo de chacota e o meu sentido? E o sentido que minha loucura tem pra mim?
O homem riu timidamente. A garota era louca...

domingo, 1 de abril de 2012

Gás

Eu não sei
Se é o buraco
Se é o céu...
Mas é algo sufocante.
Tristeza demais, felicidade demais...
E eu não consigo respirar.

O monstro em mim

O monstro em mim que sente fome.
Não de comida.
Fome de palavras, de gestos, de sons, de expressões.
Um monstro, um verme, parasita que não se contenta em apenas estar ali e habitar meu corpo...
Ele quer o mundo, ele quer sugar tudo.
Ele nunca está satisfeito, sempre quer mais.
E ele come outras pessoas, come sons, come imagens, come coisas.
E ainda quer. Agora o monstro em mim quer você.
Quer sugar tudo de você e ele vai matar você.
E depois que o monstro em mim comer você, você será dele.
E será meu.