terça-feira, 23 de junho de 2015

Poema da morte

O brilho dos faróis atravessava o corpo liquefeito
Pele, sangue, gás.
Estava feito.

Ciente desde que cruzara aquela porta
Toda a vida exaustiva
Em minutos, morta.

Floresta, galhos, para-brisas, vidro, medo.
Gritos, gemidos...
A dor a levara muito cedo.

Não se pode fazer um ode à depressão, ou à tristeza.
A dor sempre esteve ali.
E era dela mais essa proeza.