quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Interlúdio

No nosso "Para sempre..." temos vários "Nunca mais...".

Cressida (Monólogo de Coruja)

"Olhar para Cassu todos os dias e ver como aquele lobinho estava crescendo e que logo, ele, um estranho, um lobo outrora, renegado, um bastardo, seria um líder, escolhido por merecimento, fazia essa velha coruja aqui orgulhar-se. De certa forma, eu estava participando de algo grande, esplendoroso.
Eu, mesmo irônica, sarcástica, nunca fui indiferente. Corujas são sábias, todos bem sabem. E eu, assim como Cassu, sei tudo sobre sofrimento. Por isso, fico. Por isso, vou-me embora.

Pra Pasárgada."

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Obsessão

Ele disse que ela era louca, obsessiva (ou obcecada, a palavra perdeu-se em sua mente ligada em mil Volts.) Ela negando, balançava a cabeça como uma criança. "Não! Não! Eu amo você! Eu amo..." Quanto mais repetia, mais acreditava que não era uma doida varrida e sim uma mulher carinhosa, cuidadosa, que só o queria bem dele.
Ele, perplexo, deu-lhe um abraço que envolveu todo o pequeno corpo dela. Disse que estava tudo bem, que eles iam ficar bem e juntos para sempre. Ela fungou e deixou cair a faca em suas mãos.