segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Belo céu de cinza dia

Belo céu de cinza dia!
Que belo céu cinza!
Chuva? Não me importo com ela, agora concentro-me no cinza.
Quis muitos amarelos, muitos alaranjados e até os vermelhos, mas agora basta-me contemplar o cinza.
Eu nunca o vejo à noite, no noturno ele é tão negro, por isso sua beleza, só pode ser apreciada em dias, dias de dia e não de noite, quando o amarelo se vai, o azul se esconde e tudo tem aquele tom nostálgico.
Aquele som de cinza que lembra, biscoitos com leite, que te fazem ver de novo, como um filme em flashes, a infância, desenhos animados na TV, enquanto você está envolto numa proteção de cobertor, calor e mãe.
Em belos dias cinzas, o verde também fica diferente. Acho que ele para. Para de se mover, só para se render ao cinza, e se este quiser, o verde se curva, se prostra, saudoso.
Eu não disse que o cinza é feliz, ou que me deixa feliz. Disse: é belo.
E o é, de fato. Há muita beleza em se remeter ao triste, pois as lembranças, as dores, os temores, as aflições, tudo que nos faz chorar e que nos faz sentir, nos lembra o quanto somos humanos e não há nada mais belo que "Ser humano".
Belo dia de céu cinza...
Belo céu de cinza dia...

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