quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Amor finito (parte III)

E no amor, na amizade, na vida
Não há contrato com cláusula
Para que lhe devolvam a noite perdida.

Não há tempo a ser restituído
Não há paga pelo dado
Ninguém cola o partido.

Quando a pessoa se vai
Leva de você,
Você mesmo quando dela
E se olhar para trás
Verá que, você, ainda tem muito dela.

5 comentários:

Decida Protektanto disse...

E as músicas que perdemos porque não dá pra escutar sem as lembranças?

Será que usar uma máquina do tempo pra voltar antes da pessoa nascer e eliminar um de seus progenitores resolve?

Pauline disse...

Resolveria com base na Teoria da Equivalência dos antecedentes causais e pelo princípio da “conditio sine qua non”, mas até que ponto pouparíamos (a nós mesmos) de nossas emoções, sentidos e próprias "causas" que sinestesicamente nos remetem à dor, exultação e lembranças?

Decida Protektanto disse...

Concordo com a idéia de que a Teoria da Equivalência dos Antecedentes Causais (mais conhecida por sua sigla inglesa CABET) dá margem a essa possibilidade. Todavia, o axioma de Hodgkin (do qual deriva o princípio da "conditio sine qua non" de Fletcher) estabelece que uma interferência dessa natureza no continuum espaço-tempo redundaria num paradoxo, que inevitavelmente seria anulado por meio da eliminação de seu agente causador.
Assim, teoricamente, a única maneira de eliminar um ente indesejado por este meio seria fazer com que ele mesmo causasse a interferência. Essa abordagem teria ainda a vantagem de tornar desnecessária a eliminação colateral de um de seus progenitores.

Todavia, raciocinando recursivamente, induzir alguém a causar tal interferência não seria, em última análise, também estar interferindo? Se assim for, ambos seriam eliminados: o causador E o induzidor. Mas é claro que isso ainda se encontra no terreno das discussões acadêmicas.

Realmente, antes eu não havia dado consideração à sinestesia psíquica que você corretamente citou. Então, mesmo se conseguíssemos eliminar o agente causador, se levarmos em conta o princípio da conservação da matéria (e derivativamente da energia) de Lavoisier podemos sem dúvida concluir, por inferência, que eliminar a causa inicial de uma dor geraria um desequilíbrio que só poderia ser compensado por meio de uma dor posterior com intensidade e duração duplicadas, concorda?

Será que acabamos de provar cientificamente que a dor emocional é inevitável, necessária e até benéfica? Qualquer tentativa no sentido de evitá-la seria um contra-senso possivelmente punido com a autodestruição literal ou psicológica.

Anônimo disse...

Que falsidade intelectual desse Decida Protektanto!

No 1º comentário ele fala uma coisa totalmente idiota com uma resposta óbvia. Se eu impedir a pessoa que amo de nascer será que vou impedir de me apaixonar por ela no futuro? Não sua besta! Você se apaixona pela mesma pessoa só que em outra brana das supercordas.. derr que gênious..

No 2º comentário ele foi totalmente "wikipediano controlcê" em cima doq a Pauline disse tentando pagar de inteligente.

WilL (a.k.a. Decida Protektanto) disse...

Uma lágrima agora escorre sobre meu rosto; uma lágrima não de tristeza, mas de incomensurável emoção!

Se tiver sido minha falsidade intelectual desmascarada como o preço para atrair a atenção do dono de tal profusa perspicácia e erudição, pago aos pés de Atena, sem nenhuma hesitação, o sacrifício da humilhação pessoal, a fim de possibilitar ao mundo sorver mesmo que apenas uma gotícula de tua sapiência descomunal.

Rendo-me diante de tua opulenta eloquência! Muitíssimo obrigado, ó gigante do saber, por teres vencido a inércia, brindando-nos com palavras tiradas de tua fecúndia intelectual! Suplico a ti que saias do anonimato e visite-nos novamente, soprando na cabeça deste néscio e indouto servo um parcimonioso bafejo de sagacidade de modo a que eu avance, mesmo que apenas por meio passo dada minha profunda ablepsia, das trevas em direção à luz!

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