Você tinha todas as súplicas do dia cansado.
Quando li as letras que sobraram da pugna de fogo que encontrastes, chorei.
Ouvi a música do sabor que as letras tinham.
O que, você, amassado livro verde, guardava pra me influenciar tanto?
No dia da chuva de pedras olhei para você, em cima da escrivaninha, as negras letras grandes me disseram que eu estava salva, que eu estava em paz.
No dia em que choveu fogo, não suportei olhar pra você.
Hoje chove de novo. Fogo.
Devolvo você ao seu lugar. Refugo.
Queime-se, vá para a chuva de fogo.
Eu ficarei aqui me lembrando do gosto defumado de palavras amargas ainda não-ditas.
Um comentário:
Wouu.. quanto odio! [risos]
Muito bom o texto!
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